sábado, 5 de dezembro de 2009

Encontro em Punta

DIA 01 - Saímos de Nova Santa Rita na sexta-feira, dia 04/12/09, às 06:40. A previsão era de fazer os 750 km em 12 horas. Programamos de parar mais ou menos a cada 1 hora, ou 100 km. Pegamos muito movimento na saída, no trecho de Canoas. Tocamos até o Restaurante das Cucas, na Barra do Ribeiro, 87 km em 1 hora e 20 minutos. Eu tomei um café com leite e uma torrada completa, e o Ricardo tomou um chocolate quente e comeu uma torrada simples. Saímos de lá e fomos até Cristal, passamos o pedágio e demos mais uma parada. O Ricardo retornou algumas chamadas perdidas que já se empilhavam no celular. Dali, seguimos até Pelotas. Pensamos em parar na Vila Quinta, entre Pelotas e Rio Grande, para abatecer. Mas a entrada de Pelotas já estava bem pra trás e nada da Vila Quinta. E a moto na reserva já há lagum tempo. Dava pra fazer mais uns 8 ou 10 km, no máximo. No pedágio perguntei para a atendente quantos quilômetros faltavam para a Vila Quinta, ela me olhou e disse: "Uns 26 km...". Me preocupei um pouco... Com alguma esperança, perguntei se havia algum posto de gasolina mais próximo, e ela: "10 km...". Bom, pelo menos eu sabia que se eu não chegasse até lá, dava pra chegar bem perto. A caminhada seria curta. Mas eu li em um blog, que o cara tava na reserva e pegou o vácuo de um caminhão baú até chegar no posto. Fiz o mesmo. Colei no primeiro caminhão grande que eu encontrei. Era um daqueles que carregam container. Deu certo, mas cheguei no posto só no bafo. Depois de encher o tanque e esvaziar a bexiga, saímos do posto prontos para encarar as retas quase infinitas do Taim. Ali é a parte mais difícil, pois são retas intermináveis, mais ou menos 200 km até Santa Vitória do Palmar, onde temos que andar devagar devido aos animais silvestres. Paramos no Taim para tirar umas fotos das capivaras. Tem muitas mortas na rodovia. Andamos mais um pouco e chegamos a um posto que fica 10 km antes de Santa Vitória do Palmar. Era meio feio, e acabamos comendo só um chocolate cada um. Dali até o Chuí são mais 30 km. Chegamos ao Chuí e fomos almoçar. Comemos em uma churrascaria no lado brasileiro. Abastecemos novamente e fomos até a aduana uruguaia. Estávamos com tudo preparado, carta verde, documentos, etc... Passamos a aduana e entramos uruguai a dentro. Dali à Punta são 215 km. Tocamos mais 110 km e paramos no paradouro Maria Esther. O Ricardo tomou uma Pilsen Negra, e eu comi um alfajor. Seguimos direto à Punta, sem paradas. Entramos por San Carlos, que é o caminho mais curto (segundo as placas). Mas por lá, se passa por dentro da cidade. Chegamos ao Hotel Bonne Etoile, depois de dar algumas voltas procurando, às 19:30. Foram 13 horas quase exatas, e 760 km. Fizemos o check-in e saímos para dar uma volta de moto e conhecer um pouco a cidade. À noite, comemos em uma rua bem do centro de Punta, no restaurante Pizza del Mondo. Na verdade não é bem uma pizzaria, tem de tudo. Eu comi um Milanesa com queijo, bacon e batata frita. O Ricardo comeu um Chivito Canadense. Tomamos 2 chopps da Pilsen, é claro. Demos mais uma volta e voltamos para o hotel. O banho era essencial, e a cama mais ainda. DIA 2 - Acordamos às 08hs e saímos às 9:30. O café da manhã é servido na mesa, e vem um croissant salgado, um doce, um mini cacetinho e duas bolachas salgadas. Café com leite e suco de laranja. O café é meio pobre mas é limpinho. O hotel é muito bom, com ótima localização. Talvez seja o melhor custo-benefício de Punta. Pegamos as motos e saímos pela cidade. Depois de algumas voltas, fomos ao Hotel São Rafael, onde são feitos os agrupamentos. Fotos no hotel e em vários pontos turísticos da cidade. Depois fomos ao Shopping de Punta. Almoçamos no Mc Donalds, eu comi um Doble Cuarto de Libra (Quarteirão com um bife a mais) e um Mc Nífica (que é o nosso Nífico Bacon, sem o bacon). O Ricardo comeu um Cuarto de Libra e um Triplo Bacon. Voltamos ao hotel do agrupamento, pois havia um passeio em grupo até Laguna Escondida. Saímos de lá com tantas motos que é impossível contar. Não sei se eram 100 ou 500. Andamos 33 km até o destino. Chegando lá, todos foram para o almoço, que estava no cronograma de quem se inscreveu no encontro. Como nós não nos inscrevermos, e já havíamos comido no Mc, olhamos todas as motos e voltamos para o centro de Punta. Passeamos mais pela cidade, tiramos fotos dos leões-marinhos esperando as sobras dos peixes que os pescadores limpam na beira do mar, e viemos para o Hotel para tomar banho e já arrumar as coisas para a volta. Depois de tudo feito, saímos para jantar. Comemos no La Pasiva, desta vez foi um Entrecot com Fritas pra cada um. Eu ainda tomei um chopp Pilsen, mas o Ricardo arrepiou, e ficou na Coca-Cola. O tempo fechou e deu uma chuvinha leve. A previsão para amanhã é acordar às 05:40 e sair às 06:30, no máximo. DIA 3 - Saímos às 07:00 do hotel, iniciando a jornada de volta. Tudo é mais tranquilo quando já se conhece o caminho. Desta vez fomos pelo saída mais distante de Punta, onde o asfalto é muito melhor e a gente não passa por dentro de nenhuma cidade, pegando direto a Ruta 9. Desta vez, encontramos vários motoqueiros na estrada, e essa é uma grande diferença. Quando fomos, na sexta-feira, a maioria do pessoal já estava em Punta, pois o encontro iniciou na quinta-feira. Mas na volta todo mundo sai mais ou menos na mesma hora. Foram dezenas de motos pelo caminho. Em grande parte do tempo conseguimos andar em grupo, o que deixa a viagem muito mais segura. Também conseguimos acelerar um pouco mais, o que encurtou a volta em quase 5 horas, em comparação com a ida. Levamos 8hs de Punta à Nova Santa Rita. Claro que desta vez só paramos para abastecer e dar uma esticadinha nas pernas. Foram apenas 5 paradas: em Rocha, para abstecer, no Chuy, para fazer a saída na aduana, em Santa Vitória do Palmar, para abastecer, no Taim, para esticar as pernas, em Pelotas, para abastecer, e no Pedágio entre Guaíba e Barra do Ribeiro para tirar as roupas de chuva. Chegamos às 15:00 em casa. Rodamos mais de 1700 km em três dias, e isso com certeza nos deu uma boa experiência para podermos programar e realizar novos desafios.O que fica desta viagem é que realmente este é um belo encontro, onde se vê muitas motos legais, de tudo que é tipo e marca, e muitos motoqueiros, de tudo é tipo também. As nossas motos, mesmo que sendo quase totalmente originais, chamaram a atenção de alguns, principalmente quando estavam com os bancos solos. A cidade também é muito bonita, um point atrativo para o verão. Não tivemos a oportunidade de ir ao Casino Conrad, mas pelo que vimos dele por fora, vale a pena levar uma roupa mais legal na mala, reservar uns dólares e curtir uma noite glamourosa de jogatina. Pra quem quiser conferir o vídeo oficial do evento, dá uma olhada na coluna lateral do blog, lá em cima, ou clica nos links: Vídeo 01 http://www.youtube.com/watch?v=3RrX-TLYYns&feature=related ; e Vídeo 02 http://www.youtube.com/watch?v=awM4SJwjzok . No vídeo 02 eu e o Ricardo aparecemos durante um passeio (são 10 minutos, nós estamos mais ou menos no 5:46). Um abraço.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Rota do Sol

Chegou o grande dia! Vamos encarar a Rota do Sol até o litoral gaúcho. Agilizamos tudo de manhã e ficamos liberados para sair no início da tarde. Saímos às 13:15, com pouco combustível. Olhei a autonomia da moto, e dava pra fazer 60km. Pegamos um pouco de tráfego na BR-386 e na BR-116 até Novo Hamburgo. Após, quando começamos a subir a serra, o movimento diminuiu. Andamos vários quilômetros e nada da tenda do Umbú, onde combinamos previamente a primeira parada. Minha autonomia era pra 60km, mas consegui chegar à tenda do Umbú, que fica a 70km de casa. Até aqui demoramos 1 hora. O meu tanque estava seco, o do Ricardo ainda tinha uns 6 litros. Abastecemos e saímos em direção à Nova Petrópolis. Essa subida, de Novo Hamburgo à Nova Petrópolis é muito legal, o asfalto é excelente e as curvas são muito boas para dar uma deitadinha na moto. Quando chegamos em Nova Petrópolis a surpresa: a estrada para Caxias estava bloqueada. Acabamos até nos incomodando com a Polícia Rodoviária Federal (um absurdo!), mas isso é assunto para outro post. Como a estrada estava bloqueada, as alternativas eram: 1) voltar até São Leopoldo e ir pra Caxias via Farroupilha; 2) ir até São Francisco de Paula e pegar em direção à Santo Antônio; ou 3) também ir até São Francisco de Paula, e lá se dirigir para a Rota do Sol. Optamos pela terceira alternativa. Para ir até S.F. de Paula nós passamos por Gramado, onde fizemos a segunda parada para eu tomar uma água e o Ricardo uma Coca-Cola. Depois desse breve pit stop, nos mandamos para S.F. de Paula. A estrada nesse é trecho é muito boa, mas quando entramos na RS-020, que é a estrada que vai até a Rota do Sol, nos deparamos com trechos em péssimas condições, com buracos e falta de sinalização. Caímos em alguns buracos, e nessa parte consegui dar a minha primeira cantada de pneu, para tentar evitar outro buraco. É bom pra dar experiência. Chegamos no entroncamento com a Rota do Sol por volta das 17:00. Seguimos mais um pouco até chegarmos a um posto Charrua com um baita restaurante. Demos uma paradinha um pouco mais longa, com direito a uma Skol Shot pra cada um. Eu ainda comi um Pingo D'Ouro e o Ricardo um picolá de brigadeiro. Esse restaurante estava bem vazio, com cara de quebradão, mas acho que foi só impressão. Deve bombar na hora do movimento na estrada. Ficamos uns 20 minutos parados, e voltamos para a estrada às 18:00. Dali seguimos direto até Terra de Areia, e nesse trecho passamos por várias paisagens bonitas. Aqueles túneis sob os morros e as longas pontes que vemos nos cartões postais da Rota do Sol aparecem a todo momento. É uma descida impressionante, minada de curvas. Ali eu "consegui" dar a minha segunda cantada de pneu desde que saímos de casa a moto. É que eu fazia as curvas a 60km/h, 70km/h, mas essa iniciava normal e depois fechava rapidamente. Tive que ir aos freios e acabei dando uma balançada. Foi um santo remédio, pois isso não se repetiu mais. Tiramos várias fotos, mas algumas delas não saiu. A câmera fotográfica deu pau por falta de pilha. Depois de passarmos pela serra, alinhamos até Terra de areia. Lá tem um viaduto que passa por cima da BR-101. Atravessamos a BR e seguimos até a estrada do mar. A rota do Sol desemboca na Estrada do Mar, na altura de Curumim (próxima ao Aqua Lokos). Isso já era perto das 19:00, e nós, que havíamos saído de casa com 35ºC só de camiseta, começamos a gelar com o ventinho do litoral. Mas aí já estávamos praticamente no nosso destino, e nem paramos para botar a jaqueta. Chegamos em Rainha do Mar às 19:15, com muito pouco cansaço. Eu com dor na bunda e um pouco de dor nas costas, porque viajei com uma mochila nas costas com as jaquetas, câmeras, filmadora, etc. O Ricardo chegou inteiro, apenas com duas ferroadas de abelha no braço. É o ônus pra quem opta por viajar de camiseta. Foram 311km rodados em 6hs, com direito a 3 paradas programadas e 1 parada não programada (a do stress com a Polícia Rodoviária Federal). Passamos por dois pedágios de R$ 6,70, mas as motos são isentas. Constatamos que o que todo mundo fala sobre a Rota do Sol é verdadeiro, as paisagens são belíssimas e a estrada muito boa.

domingo, 25 de outubro de 2009

Um bom lugar para o fim de tarde

Hoje a chuva deu uma trégua... Mesmo com o dia meio nublado, eu e a Pâ resolvemos dar uma volta aqui por perto. Era dia de Grenal, mas optei por ficar ouvindo no fone por baixo do capacete. Fiz uma boa escolha, pois, se ficasse em casa, estaria lamentando pela derrota e pelo passeio perdido! Saímos daqui de Nova Santa Rita/RS às 15:45 e fomos em direção à Porto Alegre/RS sem destino definido. Passamos pela Av. Mauá e pela Usina do Gasômetro, à beira do Rio Guaíba. Que ironia, até em frente ao Beira-Rio nós passamos. Dei até uma paradinha para ouvir a torcida, mas o Grêmio já perdia por 1 a 0. Continuamos pela Av. Beira Rio até o Shopping Barra Sul, na Av. Diário de Notícias, onde nos dirigimos para a zona sul. Fomos até Ipanema, e encontramos muita gente andando de Jet Ski, caminhando, praticando Kite Surf, tomando chimarrão, e, é claro, muita gente de moto. Achamos motos de todos os tipos, desde Jogs até Harleys, passando por esportivas e cross. É um ótimo passeio pra quem quiser uma coisa rápida e sem compromisso. O ideal é achar uma maneira de alguém levar os apetrechos para um bom chimarrão. Assim dá pra curtir um bonito pôr-do-sol, que, segundo alguns, é o mais bonito do mundo. Como não era o nosso caso, fomos apenas nós dois (e de moto), ficamos um pouco lá e retornamos. Paramos novamente em frente ao Beira-Rio, bem na hora do intervalo. Deu até pra dar uma ligadinha pro Ricardo, que estava lá dentro. Falei pra ele que o Grêmio ia virar, mas com Herrera e Perea é duro. Chegamos em casa às 17:40. Resumindo, foi uma volta de aproximadamente 90km, que durou 2hs. Deu pra se divertir e ficar com uma dorzinha na bunda, que faz parte pra quem ainda não está acostumado a ficar muito tempo em cima da moto.